Integra UFMS – Pesquisadoras realizam diagnóstico da arborização urbana em Aquidauana

Postado por: Joao Doarth

Os benefícios da arborização urbana para o ambiente e a população levaram estudantes do curso de Ciências Biológicas do Campus de Aquidauana (CPAQ) a desenvolverem o trabalho intitulado “Diagnóstico da arborização urbana do centro de Aquidauana, MS”. Realizada pelas acadêmicas Jéssica dos Santos Silvério de Sá e Rebeka Jakeliny Maciel Rabello, a pesquisa de iniciação científica tem a orientação da professora Camila Aoki.

Em sua apresentação, Jéssica explica que a arborização urbana traz diversos benefícios para o meio ambiente e melhora a qualidade de vida da população, pois esse recurso possibilita a diminuição da temperatura, redução da poluição atmosférica e proteção do solo contra a erosão. Nessa linha, o objetivo do trabalho “foi realizar o diagnóstico quantitativo e qualitativo das ruas da região central de Aquidauana, visando melhorar o planejamento e manejo da arborização da cidade”, destaca a estudante.

Grupo realiza pesquisa sobre arborização em Aquidauana (clique para aumentar)

A coleta de dados foi realizada por meio do método de censo, em Dezembro de 2019, com 16 ruas da região. O levantamento identificou 1200 árvores, pertencentes a 68 espécies e 26 famílias, dentre essas a família Fabaceae, considerada a mais rica no município.

Os resultados da pesquisa destacam que o Oiti (Licania Tomentosa) foi a espécie mais abundante encontrada na região, com o percentual de 60,2% das árvores (722 indivíduos). A espécie é originada na floresta pluvial atlântica do Brasil e seu uso na arborização urbana pode estar relacionado às vantagens: copa frondosa, resistência das folhas durante o período de seca e eficiência na redução de temperatura. O levantamento ainda aponta que 73% das espécies analisadas não são nativas do estado.

Devido ao baixo índice de árvores na região central de Aquidauana, a estudante recomenda o plantio de mudas para auxiliar o processo de arborização. “Não é indicado que as espécies tenham mais que 15% de frequência na arborização, pois essa homogeneidade implica em altas chances de propago de doenças e parasitas, além do elevado grau de perda de exemplares”, enfatiza Jéssica. Para isso, o plantio deve ser planejado, levando em consideração a estrutura e edificação da região.

Confira aqui a apresentação e resumo do trabalho. Assista também no vídeo abaixo:

Texto e imagens: Juliana Ovelar – Estagiária da Agecom no CPAQ