Integra UFMS – Estudo analisa casos de violência de gênero em Aquidauana
A violência de gênero é um fenômeno que atinge diversos grupos minoritários da sociedade. Pesquisas realizadas na área assumem o papel de conscientizar a sociedade brasileira sobre a importância de combater esse agravante.
Diante deste cenário, a estudante de História do Campus de Aquidauana (CPAQ), Kátia Rosana Hernandes, desenvolveu o estudo “Levantamento de dados acerca da Violência de Gênero na microrregião de Aquidauana-MS”. A pesquisa de Iniciação Científica é coordenada pelo professor Aguinaldo Rodrigues Gomes e foi apresentada na quarta edição do Integra UFMS.
De acordo com Kátia Rosana, o estudo tem o objetivo de identificar, por meio de levantamento documental, as diferentes formas de violência cometidas contra a mulher. “A violência de gênero é um grave problema que está baseado em uma cultura milenar patriarcal e só o debate público dentro da academia é capaz de mudar essa situação”, destaca.
Durante a pesquisa, foram realizadas Revisões Bibliográficas sobre o tema, levantamentos dos dados publicados pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, Pesquisa de campo na Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande e na Delegacia de Atendimento à Mulher de Aquidauana (DAM).
Na ocasião, foram analisados 223 boletins de ocorrência registrados na DAM de Aquidauana, durante o período de 2015 a 2019. Dentre os casos notificados, o crime de lesão corporal dolosa apresenta maior ocorrência com 76 boletins registrados. Já os crimes de estupro e ameaça totalizam 39 registros. A partir destes dados, foi possível traçar o perfil das vítimas, dos agressores e os tipos de violência praticada.
“É de suma importância que se fomentem pesquisas nessa área, para que possa ganhar visibilidade esse tipo de violência cometida. É necessária a criação de políticas públicas que realmente sejam efetivas, melhorando esses índices. A única forma de melhorar esse cenário é dando visibilidade a esses números”, concluiu a estudante.
Veja o resumo e apresentação aqui, ou assista ao vídeo abaixo:
Texto e imagem: Juliana Ovelar – Estagiária da Agecom no CPAQ