3ª Noite Cultural dos Povos Indígenas será realizada em abril

Postado por: Joao Doarth

Já está confirmada a realização da edição de 2019 do evento que comemora anualmente o Dia do Índio no Câmpus de Aquidauana da UFMS (CPAQ).

As atividades serão realizadas no dia 22 de abril, a partir das 19h30, no gramado em frente ao bloco A, na unidade II do CPAQ. O evento contará com dança, música, artesanato, pintura corporal, comida típica e muito mais.

A dança masculina hiyoneka kipâ’e, traduzida para “dança da ema” e popularmente conhecida como “dança do bate pau”, será realizada pelos homens da etnia Terena. As mulheres apresentarão a dança chamada siputerenoe.

A apresentação de luta, denominada uka uka, será feita por dois indígenas da etnia Kamaiurá, do parque Xingu. A comida típica a ser comercializada será definida nos próximos dias.

A primeira edição do evento foi realizada pelos acadêmicos indígenas em 2017; a segunda edição, em 2018. Agora, o evento, de organização dos acadêmicos indígenas do câmpus, solidifica-se como um importante momento para a comunidade acadêmica do CPAQ.

Dia do Índio

No dia 19 de abril, comemora-se o Dia do Índio no Brasil, data instituída em 2 de junho de 1943, durante o governo Getúlio Vargas. A definição da data foi uma consequência da realização do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México, em 1940. Durante o evento, que contou com a participação de diversas autoridades indigenistas, foi proposto aos países da América que se criasse um dia para celebrar esse povo e fazer da causa indígena um ponto de reflexão para toda sociedade.

Diretor e acadêmicos confirmaram realização do evento em reunião na Direção do câmpus (clique para aumentar)

Atualmente, de acordo com informações do Censo 2010, cerca de 0,4% da população brasileira é formada por índios, um total de 800 mil vivendo no País. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), existem 225 povos indígenas, além de referências de 70 tribos vivendo em locais isolados e que ainda não foram contatadas. Em sua grande maioria, pertencem a cinco grandes e diferentes complexos linguísticos culturais: Tupi, Jê, Aruak, Pano e Karibe.

Em 1988, os povos indígenas passaram a dispor de uma nova relação de forças com o Estado brasileiro, tendo o direito de manifestarem-se contra a tutela. Assim, após a adoção da Constituição, os povos indígenas passaram a utilizar a data do dia 19 de abril para protestar por seus direitos, rompendo com o estereotipo do período colonial.